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Sejam bem-vindos ao "Natureza em Foco"

Descubra como minhas fotografias foram produzidas e a forma como executo meu trabalho.

sábado, 20 de dezembro de 2008

NatGeo Again!

Ainda é meio surpreendente ver uma foto minha no site da National Geographic Brasil. Hoje a miragem ficou ainda mais agravada. Pela segunda vez, ainda neste ano (acreditem, eu achei que demoraria pelo menos dez anos) uma foto minha é escolhida para figurar entre as trinta melhores fotos do concurso cultural National Geographic International Photography Contest 2008 que dará ao seu vencedor uma viagem com tudo pago para Washington D.C para conhecer a sede da National Geographic Society e ainda a exposição na revista NG Brasil, o que para qualquer apaixonado pela revista é o equivalente ao Oscar dos atores (retirado do post 'Eu na NatGeo')
Enfim, sem mais demora... Foto foi tirada na Urca, com vista para o monte Corcovado e para todos os barcos que estavam ali ancorados naquele momento. E eu, pobre fotógrafo, que achava que a foto era meio sem graça... exatamente pelos tons sépia, que eu achei muito sem vida.
Ironia.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Uma Criança Inconveniente


Fonte: http://get2pc.com/watch?v=uACrQrzJGBM
Youtube: http://br.youtube.com/watch?v=uZsDliXzyAY

Ao assistir o "Seven Suzuki speaking at UN Earth Summith 1992", no portal de vídeos Youtube senti uma coisa estranha. Após ficar com os olhos pregados na tela durante 6:40 e o vídeo acabar, tive a estranha sensação de que algo extremamente benéfico e altruísta havia acabado de ser dito, algo inteligente e sábio.
A pior sensação é de que mesmo uma menina, a jovem canadense Seven Suzuki, de apenas 11 anos de idade, tendo juntado dinheiro com suas amigas da organização ECO (Organização de Crianças em Defesa do Meio-Ambiente), para vir para o Rio de Janeiro, em 1992, para a ECO Rio 1992, fazer um dos discursos que simplesmente mudaram a minha vida, nada aconteceu.
1992. 2008, quase 2009. São quase 17 anos de diferença. Absolutamente nada aconteceu. Tivemos o Katrina, o Tsunami na Tailândia, a enchente em Santa Catarina (Santa Katrina?), tivemos um ex-futuro presidente dos Estados Unidos da América, Al Gore, fazendo mais sentido em duas horas do documentário "Uma Verdade Inconveniente" do que qualquer livro ou movimento político no Brasil pelos últimos dez anos. O que mudou? Nada.
Céticos dizem que o planeta está bem, como o comediante George Carlin que acredita que a preocupação dos ambientalistas e ecologistas com o planeta Terra e as raças que estão em extinção é uma, "tentativa arrogante dos seres-humanos de controlar a natureza."
Está na hora de colocarmos algo na cabeça.

"Aquilo que nós damos por certo, talvez não esteja aqui em cinqüenta anos." - Al Gore.

Talvez, em cinqüenta anos, tudo que nossos filhos saibam sobre tigres, leões e ursos (oh, não!) venha de livros. Talvez a Amazônia deixe de existir. Talvez a natureza apague a pior praga que já pisou neste planeta desde seu nascimento: nós.
Está na hora de mudar a forma como vivemos. Faça sua parte. Pense. Reaja. Reduza. Reuse.

P.S.: No site do Instituto Chico Mentes está a tradução (desnecessária pela presença da legenda), do discurso completo.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Sagüis Curiosos e Cogumelos

(Escutando: Dj Umek – Posing As Me)

Caminhar pela trilha do Bem-Te-Vi (Pista Cláudio Coutinho – Urca) ainda é e sempre será (por enquanto que nós conseguirmos manter a limpeza) algo que todas as vezes me fará pensar, refletir e na maior parte do tempo até agora, fotografar. Para quem anda pela pista é sempre fácil reconhecer os Sagüis, brincalhões e saltitantes, que ficam pulando de lá pra cá o tempo todo, perseguindo uns aos outros. Já viraram praticamente animais de criação dos moradores do bairro.
Este ensaio, que foi bastante apressado, me fez pensar na minha própria curiosidade. Eu, como fotógrafo, sempre que vejo uma câmera fotográfica apontada na minha direção, tenho como primeira reação, instintiva quase, me esconder ou pelo menos sair do campo de visão. É algo praticamente natural. Mas estes pequenos macaquinhos, nomeados Micos-estrela, parecem que a cada vez que retorno ao local, estão mais curiosos. Correm cada vez mais rápido na direção da câmera.
Seus olhares intrigados sempre chamam a atenção de quem esteja com foco, diafragma e obturador ajustados na medida certa. Os clicks são efetivados pelo clarão que ilumina o objeto fotografado pouco antes do espelho descer.
É nesse momento que os sagüis ficam mais curiosos. É como se quisessem dizer, "Que isso?". Seus olhos, que brilham amarelados com o flash, dizem tudo.
Uma rápida caminhada pela Urca pode se mostrar um dia valoroso para um bom ensaio fotográfico. Motivos diferentes, mas fotos sempre em foco, sempre com assunto, sempre querendo dizer algo.
E sobre os cogumelos... Que diabos sei eu sobre cogumelos?

Por onde andei...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Workshop na Fiocruz

(Escutando: Sigur Ros – Staralfur)

Fazem mais ou menos dois meses que venho dando aulas de fotografia para jovens da comunidade da Maré e de Manguinhos. Usamos o campus Bonsucesso da Unisuam como nossa escola e junto de outros professores, como o amigo e fotógrafo Didier Pelógia, que saca fotografia tão bem ou ainda mais que eu, continuamos a mostrar nossos trabalhos e a tentar passar nossos conhecimentos.
Não vou negar que o trabalho de professor é meio enfadonho. Falar durante horas na frente de pessoas que não entendem muito bem o que você está dizendo e algumas outras que simplesmente não querem estar lá, de vez em quando é desagradável. Irritante as vezes. Mas há sempre àqueles alunos que salvam.
É por isso que a tática “Giordanno Bruno” de ensinar ainda é a minha favorita. E isto consiste em sentar todo mundo no chão e dialogar, de modos que haja uma troca de conhecimentos ao invés de simplesmente tentar enfiar dentro da cabeça dos seus alunos algo que você não sabe se eles estão afim de aprender.
No último dia 28 de Novembro, uma sexta-feira, fizemos um Workshop. Os professores, eu e os alunos fizemos uma longa caminhada por todo a extensão da Fundação Fiocruz, um terreno gigantesco com centenas de milhares de árvores. Prato cheio para qualquer fotógrafo. Ou aprendiz.
Durante horas nós caminhamos pelas matas do terreno, e muito embora eu sempre prefira caminhar recolhido, mais solitário para poder me focar no que quero fotografar, tenho certeza de que o dia foi muito proveitoso para todos. Eu e o camarada de Teresópolis trocamos várias idéias, conhecimentos e tentamos aprender um pouco um com o outro. Nada melhor que um Workshop.
A excitação de alguns alunos, alguns poucos privilegiados que conseguem salvar o dia, paga o esforço. A sensação de ver o resultado, horas depois de nos encontrarmos e perceber que alguns, mesmo que poucos, aprenderam alguma coisa, é muito boa.
Neste post, após uma longa ausência, fotos da caminhada na Fiocruz.
PS: Gostaria de experimentar algo novo, só para variar. Como diz o grande fotógrafo Roberto Linsker, da National Geographic, "Sempre gosto de reconhecer cuidadosamente o terreno onde piso. "Conversar" com ele. Semanalmente, uma imagem sem legendas."